O Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP) alertou para o facto de o ecossistema da Guiné-Bissau estar em risco de extinção, devido à vulnerabilidade às mudanças climáticas, sobretudo relativamente à configuração costeira do país, em que mais de metade do território é plano, o que significa que se houver uma subida do nível da água do mar o ecossistema que se encontra na zona costeira pode perder-se.
Segundo Alfredo Simão da Silva, diretor-geral do IBAP, o ecossistema guineense não tem capacidade de adaptação a uma inundação permanente. «Se o nível de água do mar aumentar, o resto da floresta que temos, ou seja, florestas que não conseguem viver na água, corre sérios riscos de desaparecer. Certamente, poderá aparecer posteriormente outro tipo de floresta resistente à água que possa crescer na zona, mas que não terá o mesmo valor comercial como o atual ecossistema. A fauna e as espécies desaparecerão», afirmou o responsável, citado pelo jornal O Democrata.
Caso haja um aumento significativo do nível da água do mar, a terra para agricultura desaparecerá. As mudanças vão mexer diretamente com a vida das comunidades e com a biodiversidade e, por isso, Alfredo da Silva aconselha a população a se esforçar e começar a fazer algumas correções nos seus comportamentos para evitar as alterações climáticas.
Fonte: http://www.abola.pt/africa/ver.aspx?id=640509 (13-11-2016)
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