A azul, a estrada entre Bissau (à esquerda) e os rápidos (seta laranja).
Depois de uma primeira tentativa em que não chegámos ao
destino, reprogramámos uma visita a um sítio que toda a gente nos dizia ser
imperdível: os rápidos do Saltinho, na região de Bafatá, não muito longe da fronteira
com a Guiné Conacri.
No dia estipulado, em plena época das chuvas, lá fizemos
o percurso assinalado no mapa. Eu, as minhas colegas de missão (Edite e
Rosário), uma amiga da Edite (a Alice, médica) e uma amiga da amiga a Edite (a
Alcina, enfermeira).
Os 350 quilómetros da viagem (ida e volta) valeram a pena!
O cenário natural é impressionante. Indiferente ao verde
da vegetação e ao azul do céu, aqui e ali pincelado de branco e cinzento, o rio
Corubal passa-se dos carretos, lança-se vertiginosamente no declive do terreno, enfurece-se numa
ebulição de espuma e remoinhos e, não deixando dúvidas sobre quem ali reina,
lança um forte e contínuo rugido intimidador. Depois de passar sob a ponte (do
Saltinho), espalha-se pela planície e fica manso como um cordeiro…
O filme ficou um pouco tremido, mas fiz o melhor que consegui. Dá pra ter uma ideia!
Depois da visita, na pousada do Saltinho (onde existia
um aquartelamento na época colonial), deixaram-nos usar uma mesa para fazermos
o nosso almoço-piquenique com vista para o rio. A chuva deu-se por convidada e
caiu fortemente, o que levou os enormes caracóis guineenses (um fascínio para
mim) a saírem dos esconderijos e a fazerem escalada nos troncos das palmeiras.
O rio visto da pousada.
Na primeira imagem, da esquerda para a direita: Alcina, Edite, Alice e Rosário.
Exotismo gastrópode!
Abraço
António
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